quinta-feira, 2 de outubro de 2008

30 de setembro, terça-feira

Dom de Oliveira, Fábio Monteiro ( o Monteiro), Fábio Ramos (o Ramos), Lúcio Donati, Wallace Puosso

Hoje, uma parte da equipe saiu a campo pra detectar (e fotografar) prováveis locações para o filme. Tínhamos planejado visitar quatro bares, mas acabamos descobrindo dois no meio do caminho e os outros ficaram para a próxima quinta.

No primeiro, ainda no Satélite, fomos recebidos por um legítimo "portuga". Fala meio enrolada de quem veio de Portugal não faz muito tempo, bom humor. Uma figura.Mas em seu bar, nada combinava com nada.Apesar de ser um local amplo, espaçoso, a Direção de Arte teria de trabalhar bastante pra deixar a locação com a cara do filme.

Saímos pela Ouro Fino em busca de um bar que alguém disse que era legal e tinha mesa de bilhar. No meio do caminho, passamos por um boteco à beira da avenida e resolvemos entrar.
Clima não muito amistoso. Fomos recebidos com desconfiança. Tentamos explicar o propósito de se tirar fotos do bar. O dono pediu uma compensação financeira, talvez brincando, talvez falando sério. "Como assim, compensação financeira, meu amigo?!? Aqui é tudo voluntário! Ninguém tá ganhando nada pra fazer isso!!! Aí o cara vem com essa: "é... mas vocês vão ganhar com a bilheteria e coisa e tal...". É mole? Bom, fizemos as fotos. O cara que estava jogando sinuca com cara de poucos amigos, resmungou alguma coisa curta e grossa e fizemos de conta que não era com a gente. Em terra de ogro, o melhor é se fingir de surdo.

Aí então, na volta, conhecemos um bar super legal na Cidade Jardim. De esquina, com várias possibilidades de captação de imagens, locação perto do idealizado no roteiro do Monteiro, uma mesa de bilhar com feltro vermelho e o melhor de tudo: com cara de rock'n roll. O dono nos recebeu muito bem. Fizemos várias fotos e tomamos uma cerveja. Afinal de contas, existe uma certa lógica nisso: tomamos cerveja onde nos recebem bem. Ponto para o local.Aí vem o problema maior: fica numa avenida bem movimentada. Muito barulho. Péssimo pra captação de som. Solução? Talvez filmar de madrugada.

Depois, fomos então para um snooker perto do Vale Sul. Lugar bacana, cenográfico, mas enorme. Doze mesas de bilhar, só pra começar. Também fomos bem recebidos. O Ramos deve ter tirado umas 80 fotos do lugar. Tem close de bolinha, da quina da mesa, do taco, mesa com efeito de luz, close de jogada, ensaiada pelo Monteiro, etc. Enquanto isso, eu, Lúcio e Dom tomávamos uma bem gelada (afinal de contas, faz parte do processo) e confabulávamos sobre o local e possibilidade de filmagem no local. Surgiu a idéia de fazer outro roteiro, mais adulto, mais existencialista. Mas... Isso é conversa pra uma outra hora.

Por último, um pulo num boteco tradicional na Vila Maria. Fomos em dois carros. Enquanto Lúcio e o Ramos seguiam na frente, nós decidimos passar rapidamente no Hocus Pocus e conversar com o Marcelo sobre o teste de atores que faremos lá no final de outubro. Já estava rolando o tal do Sarau Maldito, coordenado pela elétrica Beá. Nem deu pra ficar. No fim das contas o boteco da Vila maria estava fechado, descobrimos que há um orelhão bem em frente e isso inviabiliza a locação. Paramos num outro boteco pra tomar mais umas e fechar o dia de trabalho. De pé, alí no balcão, repassamos impressões sobre as locações visitadas, redefinimos tarefas, o Ramos nos explicou mais um pouco, questões relacionadas à captação de imagens com HD e HDV e todos elogiaram o blog criado pelo Dom.

Na quinta tem mais.
(Wallace Puosso)

...

Imagens das Possíveis Locações














= 1. Bar do Portuga















= 2. Gordinhos's Bar















= 3. Bar Malibu















= 4. Snooker Society